A História do JavaScript: Como Uma Linguagem Revolucionou a Internet

A história do javascript começa em 1993, quando um grupo de Illinois lançou o que seria a primeira versão de um navegador gráfico (NCSA Mosaic).

Em 1994, foi fundada uma empresa chamada Mosaic Communications, que tempos depois se tornaria a Netscape, e contratou boa parte dessa equipe para criar o Mosaic Netscape.

A primeira versão do Mosaic Netscape foi lançada no final de 1994 e rapidamente conquistou boa parte do mercado. E para evitar qualquer problema com o nome, já que era praticamente o mesmo nome usado no primeiro navegador, a empresa renomeou o projeto para Netscape Navigator.

Buscando tornar a web mais dinâmica

Tempos depois, a empresa percebeu que a web precisava ser um pouco mais dinâmica, porque até então era tudo estático, só links, textos, imagens, tabelas e nada mais.

Nessa altura do campeonato, a Microsoft já tinha lançado o famigerado Internet Explorer.

Era uma briga intensa, não havia padrões, a internet tinha acabado de surgir (ou quase), e as empresas competiam entre si para ver quem conseguiria lançar o navegador mais utilizado no mercado.

Basicamente falando, o Internet Explorer funcionava de um jeito e o Netscape funcionava de outro jeito. Cada um implementava linguagens diferentes, permitindo que os programadores fizessem coisas diferentes de formas diferentes.

A concepção do javascript

Nessa época, o Java era uma linguagem “da moda”, e a Netscape contratou um rapaz chamado “Brendan Eich” para criar uma linguagem de script que de certa forma complementaria o Java para rodar em navegadores. A ideia era que a linguagem de script se parecesse com o Java na sintaxe.

E não é que o rapaz estava 100% motivado? Ele fez um protótipo de JavaScript em 10 dias, em maio de 1995.

De início, tiveram a brilhante ideia de chamar essa linguagem de “Mocha”. Ainda bem que mudaram, né? Nome mais feio que batida de trem.

Quando realmente lançaram a linguagem, em setembro de 1995, chamaram-na de Livescript, e em dezembro, quando lançaram uma atualização do navegador, mudaram o nome para JavaScript (Todo Pokémon evolui).

E o pior é que os caras fizeram isso só como uma jogada de marketing. Como na época o Java estava no hype. Sinceramente, não sei como não tiveram nenhum problema de copyright por causa do nome.

A guerra entre os navegadores – A história do javascript

Mas como eu disse, estava praticamente rolando uma guerra entre as empresas para ver quem dominaria a internet. A Microsoft lançou em 1996 o VBScript para competir com o JavaScript.

Assim, os navegadores foram ficando cada vez mais diferentes um do outro.

Quando um programador ia criar um site, ele tinha que implementar de forma diferente para cada um dos navegadores ou colocar aquelas mensagens que muitos de vocês já devem ter visto: “funciona melhor no Internet Explorer” ou “funciona melhor no Netscape”.

Isso foi uma grande barreira para a adoção do JavaScript.

Mais ou menos nessa época, surgiu o Flash, lançado pela Adobe. Ele não era exatamente um concorrente do JavaScript, foi adotado por quase todos os navegadores, senão todos, e acabou resolvendo muitos problemas da época. Programadores conseguiam criar sistemas animados inteiros usando o Adobe Flash. Eu mesmo lembro de ter visto sites inteiros criados em Flash.

AJAX – A revolução da web

Em 2005, Jesse James Garrett lançou um white paper, que é basicamente um documento falando de forma científica sobre um projeto, e nesse white paper, ele apresentou o Ajax para o mundo.

Isso acabou revolucionando o JavaScript.

Até o momento, para obter algum dado do servidor, a página precisava ser atualizada. Quando você preenchia um formulário de cadastro, a única forma de tratar e salvar esses dados era atualizando a tela. O Ajax permitiu que isso fosse possível sem atualizar a tela, o que deixou a internet muito mais dinâmica.

Crescimento da comunidade – A história do javascript

Isso fez o JavaScript se tornar o queridinho de muitos programadores na época.

A comunidade ficou cada vez mais envolvida, cheia de ideias e projetos incríveis.

A própria comunidade open source começou a lançar muitas bibliotecas, frameworks e plugins para facilitar o desenvolvimento com a linguagem JavaScript.

Em 2009, Kevin Dangoor resolveu criar um projeto chamado CommonJS, que basicamente se propõe a padronizar o JavaScript. Com suas próprias palavras: “O que estou descrevendo aqui não é um problema técnico. Isso é uma proposta para que as pessoas iniciem e façam uma decisão para evoluirmos juntos e começarmos a construir algo maior e mais fácil.”

A proposta era a criação de uma API open source de JavaScript, que seja fácil de ser implementada pelos navegadores e que crie um padrão entre eles para os desenvolvedores criarem suas aplicações.

A história do JavaScript não para por aí.

Novos projetos ao redor do javascript

No mesmo ano, foi lançado o Node.js, permitindo que código JavaScript fosse executado do lado do servidor, permitindo então que uma aplicação possa ser construída com JavaScript tanto no frontend quanto no backend.

Em 2012, até a Microsoft se rendeu ao JavaScript e lançou o projeto TypeScript, muito popular hoje em dia, que permite “transformar” o JavaScript em uma linguagem tipada e mais, permitindo ainda mais produtividade e padronização no dia a dia de trabalho dos programadores.

Hoje em dia, o JavaScript é uma das linguagens mais utilizadas na internet, praticamente todo site tem um código JavaScript rodando.

Empresas gigantes foram criadas tendo como base essa tecnologia.

Muitos programadores são verdadeiros fãs dessa linguagem e a defendem com unhas e dentes.

Isso para não falar na gigantesca comunidade de JavaScript por todo o mundo. Todo problema que você tiver com JavaScript, basta fazer uma busca no Google e você encontrará dezenas de soluções para o que você está tentando resolver.

Conclusão

Eu acredito que o JavaScript ainda tem muito a oferecer e muitas coisas incríveis ainda vão surgir por pessoas super criativas por aí.

Comente aqui como você acha que será o futuro da internet e o futuro do JavaScript.